Liderança uma competência a ser aprendida e desenvolvida –
Pipeline de Liderança
Durante meus mais de 10 anos atuando no desenvolvimento de líderes, pude observar que um dos maiores desafios enfrentados por profissionais que assumem o papel de líderes e deixar de executar as tarefas que o promoveram a liderança, e passar a atuar como líderes de pessoas, e isso acontece por uma série de fatores.
É comum que novos líderes sejam promovidos devido ao seu profundo conhecimento técnico e aos resultados notáveis alcançados em sua posição de especialista. No entanto, ser um excelente técnico não significa estar automaticamente preparado para liderar uma equipe. Essa lacuna no desenvolvimento muitas vezes resulta na perda de talentos valiosos, pois o novo líder, sem o devido suporte e treinamento, pode se sentir perdido, sobrecarregado e frustrado, impactando negativamente sua performance e a da equipe, visto que falta clareza dos papéis e responsabilidades, bem como das competências, comportamentos e valores profissionais exigidos para a nova posição.
Ram Charam (2010), em seu livro “Pipeline de Liderança – o desenvolvimento de líderes como diferencial competitivo”, diz que o maior desafio da liderança é deixar a execução das atividades que o levaram a alcançar esse novo nível da carreira, e assumi a função de líderes de equipes. Ram Charam desenvolveu um modelo de liderança, que parte do pressuposto de que a liderança não é uma habilidade inata, ela pode ser aprendida e desenvolvida, e que há 6 passagens de liderança, e para cada uma dessas passagens é essencial o desenvolvimento de novas competências e novos valores profissionais.
Segundo uma pesquisa realizada pela Coderpad, 36% dos trabalhadores de tecnologia não querem assumir uma posição gerencial, por priorizar o equilíbrio entre vida pessoal e vida profissional, sendo assim as empresas precisam de forma urgente criar um programa para o desenvolvimento de novos líderes, e ao mesmo tempo, ressignificar o papel da liderança.
Será que esse posicionamento das novas gerações, Y e Z, está relacionada a questão de acumular atividades da função anterior com a nova função, exatamente pela falta de clareza da posição de liderança que ocupa? Eu acredito que sim, visto que as pessoas vão subindo de um nível de liderança para o outro, sem o desenvolvimento adequado, e consequentemente tem dificuldade para desenvolver o nível imediatamente abaixo.
Neste artigo abordarei as 6 etapas do modelo de Pipeline da Liderança, desenvolvido por Ram Charam. Darei um foco maior na primeira liderança, trazendo ferramentas específicas para que o líder possa aplicar e se desenvolver, assumindo plenamente sua primeira cadeira de liderança.
O conceito Pipeline da Liderança foi desenvolvida por Ram Charan, consultor de negócios, e divulgado em seu livro “Pipeline de Liderança: O Desenvolvimento de Líderes como Diferencial Competitivo”, lançado em 2010 e traduzido para o idioma português em 2018; e até os dias atuais é vista como um guia para desenvolvimento da liderança.
Essa Metodologia “Pipeline de Liderança” é uma poderosa ferramenta para entender os diferentes estágios de liderança dentro de uma organização e as competências e valores profissionais necessárias em cada fase. Segundo Ram Charam, há 6 passagens no pipeli, e cada uma delas representa um ponto de inflexão, onde o líder precisa adotar novos valores profissionais e comportamentos, adquirir novas habilidades e mudar o foco de suas responsabilidades, para alcançar os resultados esperados.
Para adotar essa metodologia é essencial abandonar a crença de que a habilidade de liderança é inata. E, adotar a crença que tanto o líder, quanto seus liderados são plenamente capazes de desenvolver e adquirir as competências necessárias para assumir uma posição de liderança, e para isso o líder precisa estar disposto a ser um “aprendedor” e um formador de novos líderes.
Abaixo abordarei os 6 estágios ou passagens, como é trazido no livro, dessa metodologia Pipeline de Liderança.
Os 6 passagens do Pipeline da Liderança
Gestor de si para gestor dos outros
No início de sua jornada profissional, o colaborador está focado em executar tarefas atribuídas por seus superiores, concentrando-se em alcançar um alto nível de eficiência e precisão. Sua responsabilidade está diretamente ligada à realização pessoal de atividades operacionais e ao cumprimento de metas coletivas e individuais. Seu sucesso nesta etapa é medido pela capacidade de entregar resultados consistentes e diferenciado, o que o destaca para assumir uma posição de liderança, a primeira liderança. Esse momento marca a primeira passagem, a primeira transição no pipeline de liderança.
Ao ser promovido para uma posição formal de liderança, como supervisor ou coordenador, o profissional passa a gerenciar aqueles que antes eram seus colegas. Essa transição pode ser particularmente desafiadora, já que o novo líder agora precisa equilibrar o papel de gestor com os relacionamentos pré-existentes. O desafio central é liderar pessoas com quem ele costumava trabalhar lado a lado, o que pode gerar uma sensação de solidão, pois as dinâmicas de relacionamento mudam. Muitas vezes, o novo líder se sente isolado, pois não faz mais parte do grupo de pares, mas também ainda não se sente plenamente parte da alta liderança.
Toda essa mudança é um exercício de resiliência, e essa mudança exige que o profissional desenvolva um conjunto de novas competências que o preparem para atuar como líder. Ele deixa de ser avaliado somente por sua capacidade de execução individual e passa a ser responsável pelos resultados de sua equipe. As principais competências necessárias para essa transição incluem:
Delegação: O novo líder deve aprender a confiar nos membros da equipe, distribuindo tarefas de forma equilibrada e estratégica, garantindo que as pessoas certas executem as tarefas corretas. Delegar bem significa garantir que o trabalho seja feito sem microgerenciamento e que os membros da equipe cresçam e se desenvolvam.
Desenvolvimento de Pessoas: Além de entregar resultados através da equipe, o novo líder é responsável por apoiar o crescimento dos membros da equipe. Isso envolve fornecer feedback construtivo, identificar necessidades de desenvolvimento e criar oportunidades de aprendizagem, focando o desempenho e a performance do colaborador para atingimento das estratégias organizacionais, além de preparar pessoas para a sua sucessão.
Comunicação Eficaz: Um líder precisa ser capaz de comunicar expectativas de maneira clara, ouvir as preocupações da equipe e transmitir informações de forma que todos entendam o que é esperado. Uma comunicação assertiva evita mal-entendidos e promove um ambiente de trabalho saudável. Essa comunicação precisa ser estratégica e intencional.
Gestão de Conflitos: Em qualquer equipe, surgem diferenças e conflitos. O líder precisa ter a habilidade de mediar essas situações, garantindo que os conflitos sejam resolvidos de maneira construtiva e que o foco nos resultados não seja comprometido.
Tomada de Decisão: O líder de primeira gestão precisa desenvolver a habilidade de tomar decisões que impactam tanto os resultados quanto o bem-estar da equipe. Isso inclui decisões sobre alocação de recursos, resoluções de problemas e priorização de tarefas, entre outros temas estratégicos.
Empatia e Inteligência Emocional: Um líder eficiente deve ser capaz de compreender as emoções e os desafios de sua equipe, oferecendo suporte e criando um ambiente de trabalho colaborativo. A empatia ajuda a fortalecer os relacionamentos e aumentar o engajamento e a motivação da equipe. O líder precisa ser exemplo.
Foco em Resultados Através de Outros: Uma das principais mudanças é a habilidade de alcançar resultados por meio do trabalho dos outros. Isso significa monitorar o desempenho da equipe, ajustar as estratégias e apoiar os colaboradores para que alcancem os objetivos definidos.
Gestor dos outros para gestor de gestores
No segundo estágio, a transição de gestor de outros para gestor de gestores marca um momento crucial para o desenvolvimento da liderança. Neste ponto, o líder precisa se desligar completamente das funções operacionais e focar inteiramente em sua responsabilidade de liderança. O papel agora é garantir que outros gestores estejam devidamente desenvolvidos e desempenhando suas funções com excelência.
O foco se desloca para um entendimento mais estratégico e abrangente, especialmente no que diz respeito à identificação e desenvolvimento de novos líderes. Esse líder precisa ser capaz de distinguir os colaboradores com potencial para assumir posições de liderança daqueles que são mais eficazes em funções operacionais.
Neste estágio, o líder precisa ter um profundo conhecimento dos valores da organização e ser capaz de integrá-los ao processo de gestão de pessoas, selecionando líderes que reflitam esses princípios. O uso de abordagens como o coaching torna-se fundamental, uma vez que essas técnicas auxiliam na identificação e no desenvolvimento de competências em futuros gestores, além de promoverem um acompanhamento mais eficaz para garantir o crescimento contínuo das equipes de liderança.
Competências essenciais: visão estratégica, gestão de pessoas, identificação de talentos, desenvolvimento de liderança, delegação estratégica, influência.
Gestor de gestores para gestor funcional
Neste estágio há uma mudança significativa, onde o líder deixa de gerenciar pessoas diretamente para supervisionar a gestão de uma área inteira da organização. Isso pode incluir departamentos como marketing, vendas, RH, Supply chain ou operações, e exige um foco muito mais estratégico e abrangente. O líder agora é responsável pelo desempenho global da função sob sua responsabilidade, devendo garantir que as metas operacionais e financeiras sejam atingidas, além de promover a eficiência nos processos.
Neste estágio, é crucial que o gestor tenha um conhecimento aprofundado da área que está liderando. Essa expertise técnica precisa ser complementada por uma visão estratégica, que permite ao líder analisar o cenário mais amplo, identificar oportunidades e tomar decisões alinhadas com os objetivos de crescimento e sucesso do negócio. A capacidade de antecipar tendências, riscos e oportunidades torna-se essencial.
Além disso, a comunicação eficaz ganha ainda mais relevância. O gestor de uma função precisa estar em constante diálogo com outros departamentos para alinhar estratégias, garantir que todos estejam na mesma direção e fomentar a integração entre diferentes áreas da empresa. A colaboração interdepartamental é vital para garantir que os resultados de uma função estejam em sintonia com os objetivos organizacionais globais.
Em síntese, a passagem para gestor de gestores exige uma evolução do pensamento operacional para uma perspectiva mais estratégica e integrada, onde o sucesso de uma função depende da capacidade do líder em gerenciar recursos, desenvolver planos eficazes e manter uma comunicação fluida com o restante da organização.
Gestor funcional para gestor de negócios
A quarta transição do pipeline acontece quando o gestor deixa de gerenciar uma função específica e passa a ser responsável por uma unidade de negócios inteira ou uma linha de produtos, assumindo a responsabilidade total por lucros, perdas e resultados de mercado. Esta transição é altamente desejada, mas também uma das mais complexas, devido ao aumento significativo no escopo de responsabilidades e na necessidade de uma visão estratégica ainda mais ampla.
O principal desafio nesta etapa é a mudança de foco, que passa de operações e gestão de uma área específica para a liderança global do negócio. O líder precisa se distanciar das tarefas de execução e concentrar-se na análise estratégica do negócio como um todo. Isso envolve monitorar não apenas os KPIs operacionais, mas também métricas financeiras mais amplas, como participação de mercado, rentabilidade e crescimento. A capacidade de tomar decisões que afetem o negócio no curto, médio e longo prazo é fundamental.
Além de se concentrar nos resultados financeiros imediatos, o gestor de negócios precisa dedicar tempo à formulação de estratégias de longo prazo. Isso exige uma visão holística da empresa e um entendimento profundo de como diferentes áreas interagem e contribuem para o sucesso do negócio. A comunicação eficaz com os gestores de cada departamento é crucial para garantir que todas as partes do negócio estejam alinhadas e trabalhando em direção aos mesmos objetivos estratégicos.
Essa passagem para gestor de negócios exige que o líder evolua de uma abordagem focada em uma área específica para uma visão abrangente do negócio como um todo. O sucesso nesta etapa depende da capacidade de combinar a análise estratégica com a inovação e a gestão eficaz dos recursos e stakeholders, garantindo que o negócio continue competitivo e lucrativo no mercado.
Gestor de negócios para gestor de grupos
A quinta transição do Pipeline de Liderança é uma das mais complexas e envolve passar de gestor de um negócio para gestor de grupos. Embora possa parecer que o sucesso em gerir um negócio se traduz automaticamente em habilidade para gerenciar um portfólio de empresas, essa mudança traz desafios significativos. Nesta fase, o líder precisa lidar com uma gama ainda maior de responsabilidades, garantindo que os diferentes negócios sob sua supervisão funcionem de forma integrada e rentável.
Gerenciar um grupo de empresas exige uma abordagem mais estratégica, onde o líder deve equilibrar o foco nas iniciativas mais lucrativas sem interferir diretamente na autonomia dos gestores que lideram cada unidade de negócios. A habilidade de manter uma visão global, ao mesmo tempo em que respeita a autoridade local dos gestores de cada negócio, é essencial para o sucesso nesse estágio. Além disso, o gestor de grupos deve se concentrar em criar sinergias entre as diferentes empresas, otimizando recursos e potencializando os resultados globais.
Ram Charan destaca que, para ter sucesso como gestor de grupos, é fundamental dominar quatro habilidades cruciais:
1 Alocação Estratégica de Recursos
2 Seleção e Desenvolvimento de Gestores de Negócio
3 Desenvolvimento e Execução de Estratégias de Portfólio
4 Avaliação do Potencial de Negócios
Neste estágio, o líder deve manter uma perspectiva ampla e estratégica, sem perder de vista as operações individuais das empresas sob sua gestão. A capacidade de integrar os esforços de diferentes negócios, identificar oportunidades de crescimento e delegar autoridade de forma eficaz é o que diferencia um gestor de grupos bem-sucedido.
Gestor de grupos para gestor corporativo
No estágio final do Pipeline de Liderança, o gestor ascende a uma das posições mais almejadas no cenário corporativo: a de CEO. Esta transição, ao contrário das etapas anteriores, não é definida tanto pelo desenvolvimento de novas competências, mas sim pelos valores, ética de trabalho e a capacidade de exercer uma liderança visionária. O papel do CEO exige uma transformação profunda, que vai além das habilidades técnicas e estratégicas, focando em uma compreensão global e antecipativa dos fatores que moldam o futuro da organização.
Enquanto um gestor corporativo deve dominar todas as habilidades adquiridas ao longo das etapas anteriores, o ponto central deste estágio está na capacidade de gerenciar fatores externos que impactam o negócio. O CEO precisa ter um olhar atento e estratégico para questões políticas, econômicas e tecnológicas, mantendo-se sempre atualizado sobre as forças externas que podem influenciar o mercado e a trajetória da empresa. Isso implica ser proativo, adaptável e capaz de prever tendências e disrupções antes que elas afetem o core business.
Nesse nível, a liderança de um CEO de excelência se desloca de uma visão puramente estratégica para uma perspectiva verdadeiramente visionária. O foco deixa de estar nos detalhes operacionais, como a gestão de clientes, produtos ou equipes, e passa a abarcar uma visão mais ampla e sistêmica da empresa. O CEO precisa orientar sua liderança para o que se chama de "big picture", o modelo operacional completo da companhia – desde a concepção e desenvolvimento de soluções até a forma como estas são levadas ao mercado.
Para alcançar essa visão holística, é essencial que o CEO se cerque de líderes e gestores altamente capacitados, ambiciosos e com potencial para alcançar grandes resultados. A capacidade de delegar com confiança, assegurando que as funções críticas da empresa estejam em mãos competentes, é uma qualidade vital. O CEO deve construir e liderar uma equipe de gestão que seja capaz de conduzir as operações diárias de forma eficaz, permitindo que ele mantenha o foco nos objetivos de longo prazo e no futuro do negócio.
Assim, a função de um CEO transcende as funções operacionais e estratégicas, posicionando-o como o arquiteto do futuro da empresa. Ele não apenas lidera no presente, mas pavimenta o caminho para o crescimento e inovação, com uma visão ampla que alinha todas as partes do negócio rumo à sustentabilidade e sucesso a longo prazo.
O que fazer para desenvolver essa habilidade?
Com o desenvolvimento adequado e um plano estruturado, qualquer profissional pode aprimorar suas habilidades de liderança. Existem inúmeras ferramentas e processos que podem acelerar essa jornada, além de estratégias que podem ser aplicadas pelos próprios líderes. A seguir, exploramos como os líderes podem desenvolver suas competências e avançar em suas carreiras de forma mais eficaz.
1. Autoconhecimento como Base do Desenvolvimento
O primeiro passo fundamental no desenvolvimento de liderança é o autoconhecimento. Entender seus pontos fortes e áreas de melhoria é essencial para que o líder possa traçar um caminho claro de evolução. Ferramentas como avaliações de perfil comportamental (DISC, MBTI), feedbacks 360º e testes de inteligência emocional ajudam a fornecer uma visão mais profunda de como o líder se comporta e interage com os outros.
2. Estabelecimento de Metas Claras e PDI (Plano de Desenvolvimento Individual)
Após uma profunda análise de si mesmo, o próximo passo é criar um Plano de Desenvolvimento Individual (PDI). Esse plano deve conter metas claras e específicas que o líder deseja alcançar. O PDI é uma ferramenta essencial que organiza o desenvolvimento e oferece uma estrutura para que o líder acompanhe seu progresso de forma eficiente, ajustando conforme necessário.
3. Feedback Constante e Avaliação de Progresso
Uma vez que o PDI está em ação, o feedback contínuo é crucial. Receber feedback de superiores, pares e subordinados oferece ao líder uma visão ampla e objetiva sobre seu desempenho e comportamento. Sessões de feedback permitem que o líder ajuste rapidamente suas estratégias e comportamentos, garantindo que esteja sempre em desenvolvimento.
4. Comunicação e Colaboração
A comunicação assertiva é uma das habilidades mais essenciais para qualquer líder. Além de utilizar ferramentas colaborativas, como Microsoft Teams e Slack, o líder precisa dominar a arte da comunicação clara, transparente e empática. A habilidade de escutar ativamente e de comunicar expectativas e feedback de maneira eficaz são aspectos cruciais para construir um ambiente de confiança e colaboração.
5. Tomada de Decisão com Base em Dados
No cenário atual, a capacidade de tomar decisões com base em dados concretos é uma habilidade indispensável para líderes. Ferramentas como Power BI e Tableau permitem que os gestores analisem dados em tempo real, aumentando a precisão e a eficácia de suas decisões estratégicas.
6. Pipeline de Liderança e Sucessão
O Pipeline de Liderança é uma estrutura eficaz que ajuda os líderes a desenvolverem as competências necessárias para avançar de um estágio para o outro dentro da organização. Além disso, ele permite que as empresas planejem a sucessão de seus líderes, garantindo uma linha de sucessão robusta e eficiente.
O Papel Fundamental do Mentor e do Coach no Desenvolvimento de Liderança
Apesar da importância das ferramentas, metas e feedbacks, o verdadeiro acelerador do desenvolvimento de liderança é o apoio de profissionais especializados, como mentores e coaches. Esses profissionais desempenham papéis distintos, mas complementares, e são essenciais para garantir o crescimento contínuo dos líderes.
Mentores são líderes experientes que oferecem orientação estratégica, ajudando a moldar a visão de carreira do profissional e a definir metas claras e alinhadas com a trajetória desejada. Eles compartilham lições valiosas de suas próprias experiências, ajudando o líder a evitar erros comuns e a acelerar seu desenvolvimento com insights práticos.
Coaches, por outro lado, focam no comportamento e no desenvolvimento emocional do líder. Eles ajudam o profissional a identificar padrões comportamentais que podem estar limitando seu crescimento e fornecem ferramentas para melhorar áreas como comunicação, resolução de conflitos e tomada de decisões. O coach trabalha diretamente com o líder para transformar essas áreas em competências mais fortes e aplicáveis no dia a dia.
Como mentora de líderes, acredito que o processo de mentoria, quando realizado com uma metodologia adequada e com objetivos alinhados à estratégia de carreira do líder, acelera significativamente o desenvolvimento. A combinação da mentoria com o coaching permite que o líder cresça de forma mais rápida, segura e consciente, já que ambos oferecem apoio personalizado e focado em resultados.